O bairro das Rocas localizado na zona leste de
Natal, serve como berço para a cultura potiguar e suas lendas que até então,
existem vivas, sejam elas com personagem ou até mesmo na memória infinita dos
moradores daquela região.
A região é bastante conhecidas por suas escolas de samba, que são destaque no
carnaval da capital potiguar. Antigamente, nos tempos de ouro, várias
agremiações concorriam e desfilavam suas alegorias no mês de fevereiro. Hoje em
dia pouquíssimas escolas saem desfilando. O descaso da prefeitura no que se
fala em apoio e prêmios, as novas gerações que já nasceram conectadas e não se
sentem estimuladas para levar o nome e continuar essa história carnavalesca,
são alguns dos fatores principais para deixar em aberto algo que foi motivo de
orgulho por tanto tempo.
Em conversa com o atual presidente da Malandros do
Samba, João Barroca, ele pôde nos contar um pouco sobre a história da escola. “Tudo
começou na calçada da igreja Sagrada Família, quando um grupo de amigos, entre
eles Antônio Melé (fundador), conversavam e resolveram criar uma escola de
samba no ano de 1958”.
(Foto/Reprodução)
Após alguns anos, as desavenças entre componentes
das escolas fizeram com que a Balanço do Morro criasse vida no ano de 1966,
fundada pelo Mestre Lucarino. As cores da Balanço são verde e rosa em homenagem
a escola Magueira, do Rio de Janeiro e o símbolo como Águia fazendo referencia
a Portela.
Além das duas citadas, outra escola que ainda está
em funcionamento no bairro, é a Em Cima da Hora, que foi criada em 1990 por
Altair Luiz da Sousa.
Uma pauta bastante comentando por Lenilson,
ex-presidente da Malandros, é como a prefeitura maquia sua relação com a
cultura potiguar. “No dia dos desfiles, eles se portam como se nos apoiassem. A
escola ganhadora recebe um prêmio de R$7,200 após 6 meses do carnaval e ainda
dividem! Não cobre nem os gastos”, afirma.
Mas, graças a pessoas que fazem por amor, as escolas
de samba conseguem sair todos os anos e embelezar o carnaval de Natal, tornando
ainda mais mágico o começo do ano. É uma pena ter que conviver com essa
realidade política, que preferem consumir o que vem de fora do que o produto de
nossa terra, completa Altair, que está atualmente a frente da Malandros e
promete um carnaval inesquecível no ano que vem.
Projeto Rocas do Sol Uma extensão da sala de aula do curso de graduação em jornalismo da UNP - Universidade Potiguar. Sobre o projeto:
- Buscaremos Explorar a história bem como a modernidade do bairro escolhido. - Seguindo com entrevistas, imagens e pesquisas para melhor informar o leitor. - Nosso Objetivo: leitura fácil, rápida e interativa, onde você leitor pode também está nos ajudando deixando seus comentários, sugestões e críticas.
O material exposto em nosso Projeto são dos seguintes Responsáveis:
Ana Michelle, Rener Oliveira, Leonardo Araujo e Jessica Lim.
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